segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FanFic!

Olá a Todos!

Temos uma nova fanfic no blog! Como é obvio é sobre a saga Hush Hush. A Fanfic ainda nao tem nome mas se alguém tiver uma proposta basta enviarem-na para o email do blog.


Capitulo 1- A queda
I parte
O meu corpo pedia-me. Sentia que se movia sem que o ordenasse, a cada passo, o medo aumentava, a cada passo, a minha mente deliciava aquele horrendo acontecimento. Os pés descalços quase que escorregavam com a humidade daquele local. O odor pútrido e de sangue faziam-me enlouquecer. Caminhava lentamente, aterrorizada tentando equilibrar o meu corpo dormente naquele pequeno espaço. Os meus olhos eram inundados de lágrimas. O meu corpo ordenava que saltasse, de certa forma não queria, tinha medo, mas à medida que o tempo passava aceitava a morte de uma forma cada vez mais serena e compreensiva.
Lá em baixo, na estrada, os carros percorriam os seus caminhos apressados. Nada nem ninguém repara em mim. Estava prestes a abdicar da vida, a atirar-me de um edifício de dez andares, a quebrar a minha alma em mil pedaços, sem qualquer motivo aparente.
Um último suspiro, uma última lágrima, um último adeus. Vacilei sobre mim mesma, ironicamente abri os braços. Primeiro um pé, seguido do outro. Atirara-me de cabeça para a minha morte.
- Adeus mundo cruel… - gritei dramaticamente, enquanto um sorriso perverso brotava no meu rosto.
A insanidade tomou conta de mim, já não me preocupava com o dia de amanhã, apenas queria fazer aquilo.
Negro. Frio. Escuridão. Trevas. E plumas, uma estranha combinação que descrevia aquele momento. Fechei os olhos, esperando que a dor me trespassasse, nada, apenas me sentia viva, nada para além disso. Apenas o respirar ofegante depois de adrenalina, o coração a bater rapidamente, o sangue a correr e o suor a empapar-me o cabelo encaracolado e o vestido branco esvoaçante.
Tremia de frio, mas algo me aqueceu, algo ou alguém. As lágrimas toldavam-me a vista impedindo-me que soubesse quem me agarrava ternamente no seu colo, a pessoa que acalmara aquele sentimento estranho que sentira há poucos minutos. Estremeci com aquele toque quente e vivo.
- Está tudo bem agora… - a voz melodiosa e terna de um rapaz secaram as lágrimas – eu estou aqui meu Anjo.
***
II parte
- Hey Nora, acorda… - a voz de Vee bem como alguns pontapés por de baixo da mesa acordaram – Vee chama Nora, tens sorte que o Treinador não te topou…
O quê? Ainda há segundos estava prestes a suicidar-me e agora estou na sala de aula, sentada ao lado de Vee, supostamente a ouvir o Treinador a divagar sobre algum tema da matéria… Aquilo era estranho, não era de adormecer nas aulas mesmo que fossem o mais secante possível.
- Ei babe, é normal que estejas assim depois da festa de ontem, mas se ele te topa estás lixada, totalmente frita. – Vee quebrou a minha linha de pensamentos.
Festa? Porque raio é que eu fui uma festa se no dia seguinte tinha aulas? E porque não me lembro de nada?
- Eu… a que... festa é que fui? – interroguei com uma voz ensonada.
- Não te lembras? Mesmo? Oh babe, abusaste mesmo no álcool…
- Álcool?- a minha cabeça doía, devia ser essa a razão – Eu estou de ressaca?
- Bem-vinda ao mundo dos vivos, babe –respondeu ironicamente.
O Treinador continuava a divagar, achei melhor parar com a conversa por ali. Tinha de reflectir sobre vários assuntos. O sonho. A festa a que supostamente fui. A ressaca. E o facto de não me lembrar de absolutamente nada, como eu tinha ido parar à sala de aula sem que me lembrasse? Aliás se o Treinador nos apanhasse a falar nas aulas era bem capaz de nos mandar fazer um trabalho extra.
Recostei-me nas costas da cadeira de madeira e um pouco riscada. Discretamente observei a sala de aula, alguns alunos tiravam apontamentos, outros simplesmente dormiam e ainda aqueles que estavam distraídos com qualquer coisa, desde telemóveis a simples lápis ou canetas. No entanto, o aluno transferido, aquele que parecia atrair problemas estava vidrado em algo, demorei demasiado tempo para perceber que era em mim. Porque estaria a fazer aquilo? Desviei o olhar. Quando o encarava, olhando olhos nos olhos parecia mergulhar numa imensa escuridão, um abismo sem fundo, tão negros como os seus olhos.
A sua boca formou um sorriso misterioso e de troça.
- Vee, tenho alguma coisa de errado?- questionei, na esperança que olhasse para mim apenas porque tinha o cabelo despenteado ou qualquer coisa do género.
- Para além dessas enormes olheiras e do cabelo desalinhado, já para não referir que não te maquilhaste, tens um pouco de baba ali – apontou com o indicador.
Embaraçosamente limpei a saliva e ajeitei o cabelo o máximo que me era possível.
A meia hora que se seguiu, passei-a a meditar sobre aqueles acontecimentos. No intervalo falaria com Vee sobre a tal festa.
III parte
A campainha finalmente dera o toque. Verdade seja dita ninguém suporta um bloco de aulas de Biologia logo de manhã. Levantei-me demoradamente, seguindo a minha melhor amiga até aos cacifos.
- A que festa é que fomos? – perguntei quando chegamos ao local, deduzi que Vee também fora, para ela saber do que se tratava.
- A uma festa em casa da Marcie, como era um baile de máscaras e ninguém estava a confirmar as entradas e saídas, entramos à socapa, a ideia era arruiná-la mas decidimos aproveitar e beber alguma coisa, acho que abusaste, pois tive que te arrastar até casa!
- O quê? Em casa da Marcie? A minha arqui-inimiga? Eu não podia estar em mim de certeza!
- A verdade é que fomos, divertimo-nos e ninguém sabe que lá estivemos – respondeu apressadamente.
Agora tudo fazia sentido, lembrara-me de ter escolhido a fantasias na loja ao lado da Victoria’s Secrets com a Vee. Ela escolhera um fabuloso vestido azul-escuro comprido, que acentuava as suas curvas e uma máscara veneziana com motivos marinhos que cobria toda a face, combinando perfeitamente com o vestido. Já eu optara por um que chegava aos joelhos, branco e esvoaçante, a minha máscara apenas cobria os olhos sendo este negra e com algumas lentejoulas. Seguimos para minha casa no carro da Vee, preparamos o jantar para as duas, a minha mãe estava e está fora a trabalhar, e fomos para o quarto prepararmo-nos. Dirigimo-nos à casa da Marcie, verificamos que não estava ninguém a porta, a Vee estacionou o carro a três quarteirões, para não deixarmos vestígios, entramos e lá dentro foi só dançar e copos.
- Já me lembro… - disse estupefacta.
- Ainda bem babe, mas agora o melhor mesmo é irmos às casas de banho para tratarmos dessa tua imagem.
Percorremos os corredores entupidos de gente até chegarmos ao local que desejávamos. As casas de banho estavam mais vazias do que era normal, mas era completamente compreensível que as pessoas preferissem estar a usufruir do maravilhoso tempo de primavera do que ficarem enfiadas num local que cheirava a esgoto.
- Deixa cá ver… corretor de olheiros, sombra de olhos, eyeliner, blush e claro gloss – enumerou Vee – tens aqui tudo que precisas, enquanto te maquilhas, vou buscar a escova, está no cacifo, não demoro nada, babe – disse batendo com a porta para atravessar o corredor.
Olhei para o meu reflexo no espelho sujo, estava mesmo uma lástima. Abri a torneira, lavando a cara com a água corrente. Infelizmente, a dor de cabeça ainda não passara. Mas se não podia melhorar o meu estado de espírito, pelo menos podia fazê-lo à minha e imagem.
-Nora…- o sussurro invadiu a minha mente – Nora…
O meu nome repetia-se sucessivamente, acentuando a minha dor de cabeça. Estaria eu a enlouquecer? Ou seria apenas mais um efeito da ressaca? Desconhecia a sua origem, o medo propagou-se pelo meu âmago, alertando-me que tinha de fugir. Apressadamente coloquei a maquilhagem da Vee dentro da minha mochila, irrompi da divisão, correndo, sem que olhasse para trás. Corria desesperada sem destino aparente, tentando desviar-me o máximo possível das pessoas que passavam pelos corredores.
Acidentalmente, tropecei nos meus próprios pés, a verdade é que sou um pouco desastrada e o meu equilíbrio é pouco ou mesmo nenhum, caindo sobre alguém.

IV parte
-Desculpa…eu…- tinha caído sobre o aluno transferido – eu…
- De que fugias? – a sua voz misteriosa e atraente hipnotizara-me. Um momento, como é que ela sabia que eu estava a fugir? Estaria a seguir-me? Seria ele quem chamara por mim?
- Eu…não estava a fugir – gaguejei na esperança que a mentira fosse convincente.
- Não me mintas… tu não sabes fazê-lo…
Aquela conversa estava a tornar-se estranha. Felizmente Vee aproximara-se, atarantada com a escova na mão, e interrompei-a.
-Sabes que andei à tua procura? Que fazes aqui? Despreocupada a conversar com o…
- Patch – apresentou-se o rapaz, interrompendo a minha amiga.
- Isso – continuou Vee – enquanto eu corria por aí stressada à tua procura?
- Eu depois digo-te…- sussurrei – Nós temos de ir embora, adeus… - arrastei a minha amiga até aos cacifos.
-Não me digas que estás interessada nele? Ele é giro, há que admitir mas parece demasiado “rebelde” para ti…
- Eu NÃO quero nada com ele, ok?
- Certo, babe…
Não queria que a Vee começasse a fazer filmes. Ela sabia perfeitamente que não estou a pensar em namoros. O objectivo em que estou focada são os estudos, nada para além disso importa.
- Admite que o achas giro… Aquele ar de bad boy, e aquele estilo gótico tornam-no ainda mais sexy
Bati com a mão na testa, aquela Vee não pensava em mais nada, apenas namoros, rapazes, amor… e palavras desse campo semântico. Felizmente o toque da entrada interrompera aquela conversa.
O resto do dia decorreu normalmente. Felizmente não me reencontrei com Patch. Dei graças pelo simples facto de ele só ter aulas de biologia comigo. Não queria que me confrontasse com a fuga das casas de banho. O mais provável é que fosse ele o responsável e estivesse apenas a gozar comigo. Também não tinha visto Marcie, e ainda bem. A Vee dissera que depois da festa de ontem, aquela idiota magricela, deveria estar demasiado cansada para que fosse às aulas.
- Queres ir às compras? – interrogou Vee enquanto nos dirigíamos para a saída da escola. As aulas tinham finalmente acabado, por hoje. Mas o dia ainda não.
- Fica para outro dia…
- Tu é que sabes… Adeus, babe – despediu-se entrando para o seu carro.
Tinha de meditar sobre os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas, não estava com disposição para compras. Não neste momento. Não hoje. Entrei no carro de Vee. Ela levou-me a casa.


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