sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Carta Traduzida e Fan Fic capítulo 6

Olá a Todos!

 Como prometido está aqui a carta de Patch para Nora em Português e mais um capítulo da FanFic.


Meu Anjo

A maior das minhas esperanças é que tu nunca tenhas de ler isto. Vee sabe que tem de te dar esta carta apenas se a minha pena seja queimada e eu esteja acorrentado no inferno, ou se Blakely tiver inventado o protótipo de uma arma forte o suficiente para me matar. Quando a guerra entre as nossas raças começar não sei o que será do nosso futuro. Quando penso em ti, e nos nossos planos, sinto uma dor desesperada. Nunca quis que as coisas ficassem bem como estão agora.
Antes de eu deixar este mundo, preciso de ter a certeza de que saibas que todo o meu amor te pertence. Os meus sentimentos por ti agora são mesmo antes do Changeover Vow. És minha. Sempre. Adoro a força, coragem e bondade da tua alma. Adoro o teu corpo também. Como é que alguém tão sexy e perfeita ser minha? Contigo tenho um propósito- alguém para amar, cuidar e proteger.
Existem segredos do meu passado que pesam na tua cabeça. Confias-te em mim o suficiente para não me perguntares sobre eles, e foi a tua fé que me tem tornado um homem melhor. Não quero deixar-te com algo escondido entre nós. Eu disse-te que fui banido do paraíso por me apaixonar por uma rapariga humana. A maneira como eu expliquei, eu risquei tudo para estar com ela. Eu disse estas palavras porque elas simplificavam as minhas motivações. Mas não eram verdade. A verdade era que eu já não me encantava com os objectivos dos arcanjos e quis revoltar-me contra eles e as suas regras. Aquela rapariga foi uma desculpa para largar a minha antiga maneira de viver e aceitar uma nova jornada que me levaria a ti. Eu acredito em destino. Meu Anjo. Acredito que todas as escolhas que eu fiz me trouxeram para mais perto de ti. Eu olhei por ti durante muito tempo. Posso ter caído do paraíso mas apaixonei-me por ti.
Farei todos os possíveis para ganhares esta guerra. Os Nephilim sairão vencedores. Irás cumprir o teu acordo com o Mão Negra e ficar segura. Esta é a minha prioridade mesmo se custar a minha vida. Suspeito que ao leres isto irás ficar zangada. Será difícil perdoar-me. Eu prometi que ficaríamos juntos no fim , e poderás ressentir-me por quebrar a promessa. Quero que saibas que fiz tudo para manter a minha palavra. Enquanto escrevo isto, penso em todas as possibilidades de que no veremos no fim. Espero encontrar uma maneira. Mas se eu tiver que escolher entre eu e tu, escolho-te a ti. Sempre escolhi.

Com todo o meu Amor,
Patch




Capítulo 6 - Crude
I parte

 O cristal brilhava intensamente, lá fundo da minha existência sabia que era errado fazê-lo, mas tinha de consegui-lo, apoderam-me daquele objecto que perscrutava no meu intimo se realmente deveria faze-lo. Se a minha alma era integralmente demoníaca ou existia uma réstia de humanidade e bondade no meu âmago.
Não! Gritou um voz na minha mente, que reconheci como sendo a minha. Eu sou e serei assim, uma Demónio insana, que se alimenta do sofrimento dos mortais. Aquela que em nenhum momento conheceu o céu, como os seus superiores. Aquela que tinha de obedecer ao supremo senhor da maldade, Lucifer. O seu adorado senhor, a quem o trono fora roubado por seres da sua raça, que o escorraçaram da sua casa, condenando-o a viver preso aos mortais. Aquele a quem cortaram as assas. Aquele a quem eu prestara vassalagem, a criatura na qual depositava toda a minha confiança, todo o meu amor jovial, toda a minha essência, toda a minha vida…
Precisava dele. O cristal era essencial para a sua missão. Qualquer obstáculo seria eliminado. Poderia ter corrido todo bem, se ele não aparecesse. Inicialmente pensei que de um humano se tratasse, se assim fosse, não teria com que se preocupar, seria invisível aos seus olhos mortais, cegos pela racionalidade que os impedia de ver mais além, de comtemplar as criaturas criadas por uma entidade superior, a qual nunca conseguiriam alcançar. Preferia que assim tivesse sido, que me encontrasse por ser sem um pingo de poder no seu sangue, no seu corpo; Mas então o homem vociferou:
- Que deseja uma criatura, como tu, de alguém como eu?
- Diz-me, se não estou perante um humano- cuspi todo o meu ódio e escárnio naquela palavra, ele estremeceu- encontro-me perante que criatura?
A sua gargalhada seca e gélida ribombou pelo ar. Parecia surpreendido pela minha ignorância. Decerto que não desconfiava que eu ainda era um bebé, que dava os primeiros passos para a sua maléfica existência. Uma pequena alma, ainda incapaz de distinguir a realidade do imaginário, já que a minha percepção de tempo era diferente da sua.
- Não reconheces. A raça que fora escorraçada do céu… - o seu sorriso demonstrava um certo gozo da situação.
- Significa que estou perante…
- Sim… - interrompeu-me secamente, o seu sorriso abriu-se mais, mostrando uns dentes perfeitamente alinhados e brancos. Deslizou os dedos pelo seu cabelo acastanhado, tentando criar um clima de suspense e começando a dar comigo em doida.
- Fala! – ordem, ainda mais enraivecida da que normalmente – Diz-me o que és!
Voltou a sorrir. Estava de certo a apreciar a minha fúria, a minha irritação, mas se as apreciava assim tanto, iria então experimenta-las. Mas antes que agisse respondeu:
- Sou um anjo caído!

II parte

Era óbvio que me encontrava perante um desses seres. Embora venerasse Lucifer, aquela raça, os anjos caídos era algo que me repugnava. Apesar de tirem a sua essência corrompida pela maldade, sempre perdurava um pingo de inocência e bondade na sua existência, anteriormente angelical.
O homem continuava a observar-me. Talvez porque pensasse que depois identificar-se eu ficaria boquiaberta, mas mal poderia imaginar o que eu era. Que a minha alma demónica se sobrepunha a qualquer outro sentimento ou valor minimamente humano. O Homem, outra criação repugnante daquele que escorraçara o ser que eu mais respeitava.
- Então, não ficas surpreendida?- perguntou- Decerto que já desconfiavas… Mas agora é a tua vez de abrires o jogo. Sei que vens atrás do cristal, tal como muitos outros tentaram, embora muitos dos meus irmãos tivessem sido sacrificados, nunca ninguém conseguiu… Sei que não és mortal, estás muito longe de sê-lo, mas diz-me… que criatura és realmente?
A minha gargalhada seca e histérica ecoou pelo ar. Quem pensava ele que era para formular tal questão. Pensara, em segundos que soubesse mas aparentemente dera-lhe mais valor do que realmente merecia possuir.
- Sabes… já vi de tudo… - continuou, como que se a minha existência fosse insignificante – Arcanjos que se ajoelharam aos meus pés, suplicando-lhe que lhas concedesse esta dádiva, – apontou com o queixo para o cristal, translúcido, que incrivelmente assumia a forma de umas assas, não as assas de uma qualquer ave, mas sim as mais belas, as assas de um anjo – lutei contra nefelins, possivelmente contra algum dos meus filhos – soltou um riso seco - vi irmãos combaterem por ele. Lutas demasiado sangrentas para um mortal pudesse sequer imaginar… Até mesmo eu sofri… tive a minha pele arrancada do meu corpo vezes sem conta, senti que iria morrer quando as armas me atravessam, mas a minha existência impedia que a minha vida fosse ceifada, se é que lhe posso chamar vida… Mas nunca pensei que merecesse a visita da tua raça…
- Isso significa que sabes o que sou? – a fúria fervilhava em mim, no meu sangue negro e espesso que pulsava dentro de mim – Se o sabias, porque perguntas-te?
-Queria ouvi-lo da tua boca… - respondeu com escárnio – Mas visto que não me dás esse prazer… Eu revelo-o… És um demónio… Demasiado jovem por sinal…
- Como sabes? – a fúria aumentava cada vez mais dentro de mim, tinha de faze-lo sofrer, libertar dentro de mim este desejo por sangue.
- A verdade é que já ando por aqui há uns aninhos… - riu-se novamente, aquele som não poderia ser mais irritante – Conheço até Lucifer… - agora sim, o meu queixo caíra por terra, como é que ele poderia… não era impossível – pessoalmente…
Não aguentei mais, como é que ele podia proferir tais blasfémias sem ser punido. Seria agora, que a demência tomaria conta da minha mente insana. Seria agora, que descarregaria toda a minha revolta, embora soubesse que acontece o que acontecesse, nenhum de nós sairia realmente magoado desta batalha.
Retirei então, a adaga da bainha, investi contra ele, mirando o lugar onde se o possuísse, estaria o seu coração. Também desembainhou uma arma, que nunca antes vira, assemelhava-se a um punhal, mas mais comprido, mas fino, mais pontiagudo, de punhal cravejado a ouro. O anjo caído bloqueava todas as minhas investidas. Mas não atacava, limitava-se à defesa.
Foi então que empunhou a sua arma e deferiu um golpe em cheio no centro do meu peito. Pensei que não seria afetada, mas enganara-me. O metal cravado na minha pele, parecia queima-la, como as labaredas do inferno, mas de uma forma dolorosamente insuportável.
Cai por terra, ajoelhando-me, tentando retirar aquele objeto que me impingia tanta aflição, mas quanto mais tentava fazê-lo, mais ele se afundava em mim.
- Pensavas mesmo que não estaria protegido contra seres da tua laia? – cuspiu, levantando a minha cabeça pelos cabelos – diz ao Lucifer que ele nunca conseguirá aquilo!
Mal acabava de proferir tais palavras, já ele desaparecia, junto com o cristal. E eu contorcia-me com uma dor que nunca antes pensara experimentar, tossindo em sangue negro, o meu futuro incerto.


III parte 

- Como é que vou explicar à minha mãe? Não… a sério, tu não sabes como ela é… Como é que quiser que eu lhe diga que tu vais viver para minha casa?- Nem sequer pensava no facto de ele ter-me beijado. Só no que a minha mãe me faria se apanhasse um rapaz em casa.
- É para tua proteção… - desabafou. Nem mesmo ele parecia satisfeito com aquela situação, decerto que eram ordens.
- A minha m… - deixei a frase a meio. Uma dor aguda queimou-me o peito. Um grito de dor afogou-se na minha garganta, levei a mão ao local onde a sofrimento me consumia, me devorava. Mickael balbuciou algo, imperceptível ao meio cérebro, perfurado por agulhas de agonia.
O quarto girou em torno da cama. A esbelta figura do arcanjo desfigurou-se metamorfoseando-se num ponto negro, que parecia consumir toda a luz à nossa volta.
Uma tosse incontrolável cresceu na minha garganta, trazendo consigo o sabor metálico que embora conhecido, permanecia oculto perante o pânico me corroía. Queria parar aquilo, mas não conseguia… Tossi e voltei a tossir, as minhas mãos eram cobertas de sangue.
Continuaria assim se Patch não tivesse aparecido, pegou-me gentilmente nas mãos. As palavras que me sussurrava domaram a dor que me corrompia, a tosse cessou e o quarto volta ao que era antes.
- Nora estás bem?- a preocupação e a ternura transbordavam na voz de Patch. Fixava-me com o olhar, os seus olhos percorreram o meu corpo, numa tentativa de verificar que me encontrava bem, até pousarem nas minhas mãos- O que é que…?
Observei-as, o sangue ensopava-as. Não o sangue vermelho que me corria nas veias. Mas sim um fluído negro e pegajoso, semelhante a crude.
- O que é isto?- perguntei num fio de voz.
- Sangue de demónio… - respondeu Miriam que até então permanecia calada, a um canto.



IV parte

Debati-me inutilmente, vendo o meu corpo petrificar perante o contacto com aquela arma. Queria mover-me, arranca-la do meu corpo, destrui-la com as chamas que me enfureciam, mas não conseguia. A dor perfurava todo o meu âmago, gelando todas as minhas entranhas. Até o sangue que outrora jorrava da minha boca, secara.
- Talvez o meu fim esteja próximo… - dei por mim a sussurrar – O que será pior que o inferno? – perguntei retoricamente. Até que… nada… a dor desaparecera, como que se nunca se tivesse alojado no meu ser. Agradeci ao que quer que fosse responsável pelo meu alivio, murmurando entre dentes, uma prece demónica para que nenhum mal, provocado pelos meus semelhantes, se alojasse na sua existência. Estava presa nos meus pensamentos que nem apercebi-me da sua presença.
- Então o que te fizeram? – perguntou em tom de chacota, por entre risadas infantis e secas.
Com dificuldade movi a cabeça, para observa-la. Só pela sua voz conseguira identifica-la, mas necessitava de ter a certeza de que era ela. Observei-a. Estava sentada, sobre um muro de pedra negra, iluminada pela noite como uma musa, o seu cabelo escarlate ondulava com a brisa, lambendo-lhe as faces, como as labaredas das profundezas o faziam. Como de costume envergava um vestido negro, bordado com fios de sangue humano coagulado, que insinuava o seu corpo bem definido. Era a Demónio mais bela da história, segundo rezava a lenda, mas ao contrário de muitas eu não invejava o seu cabelo, os seus olhos dourados, mas sim o seu poder.
- Deixa-te disso… -respondi secamente – agora se não te importas, tira-me isto.
- Não precisas de estar frustrada… - zombou – A culpa não é tua. Deveriam ter enviado alguém poderoso… Não uma simples criança como tu…
A cólera fervelhou, dentro de mim. Cresceu e dizimou qualquer réstia de calma e controlo que restasse em mim, avolumou e rebentou. Estalidos de raiva viajaram pelo meu sangue negro até atingir o auge e sem que o meu corpo aguenta-se mais, explodiu em labaredas que queimaram o alcatrão, onde me encontrava estendida, até atingirem o local onde a Demónio se encontrava.
-Ok… acalma-te lá… Subestimei-te… - desculpou-se – Agora podes apaga-lo?
Reprimi a ira com grande custo. Então ela desceu da sebe, caminhou lentamente, movendo-se agilmente pelo fogo que ainda não se extinguira, no seu perfeito habitat. Aproximou-se de mim. Esticou a sua delicada mão e com dificuldade retirou o objecto cravejado na minha carne.
- Temos aqui um belo trabalho… - disse observando a arma – É feita de metal celeste, fabricado pelos arcanjos… Maligno a todos os seres das trevas… por isso pega-lhe sempre no punho – aconselhou – Adoraria saber mais acerca desta ocorrência, mas não é por isso que me encontro aqui.
- Então? – perguntei, levantando-me pesarosamente – O que é assim tão importante que te tenha tirado das profundezas da nossa casa?
- Um reles mortal… - cuspiu com desdém.
- O que queres dizer?
- A ligação… Existiu contacto entre ti e esse mortal desprezível…


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Finale!

Olá a Todos!

Confirma-se a minha suspeita... Finale está disponível em Inglês no WOOK. Pelo que está no site, penso que será entregue 24 horas depois do pedido. Também é possível encomendar pela Amazon, mas irá demorar mais tempo. Vou contactar outra vez a Porto Editora para saber uma data para Finale em Português e amanhã postarei a tradução da carta de Patch para Nora.

http://www.wook.pt/ficha/finale/a/id/13056071


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Carta de Patch para Nora!

Olá a Todos!

Para celebrar o dia dos namorados Becca Fitzpatrick divulgou no seu site uma carta de amor de Patch para Nora. Adorei a carta! Espero que gostem. Para a lerem (em inglês) basta clicar AQUI.
Penso é possível encomendar o livro Finale na fnac em inglês.

P.S: A carta contém alguns spoilers sobre Finale!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Nova Afiliação!

Olá a Todos!

Temos um novo afiliado! O blogue "Quantas Estrelas Há no Céu?" pertence à Sara e lá ela publica as suas fics e seus pensamentos. Para acederem ao Blogue basta carregar na imagem.